Dama de ferro, de carne e osso

Filme ‘Golda: a mulher de uma nação’ mostra a visão feminina da líder israelense em meio à Guerra do Yom Kippur e ajuda a refletir sobre os ataques do Hamas ao estado de Israel 50 anos depois

CRÉDITO: IMAGENS DIVULGAÇÃO

No drama biográfico “Golda”, a multipremiada atriz Helen Mirren interpreta a fundadora e única mulher a ser primeira-ministra de Israel, Golda Meir (1898-1978), no conturbado ano de 1973, em que o país foi violentamente atacado por dois países no dia sagrado de Yom Kippur. Dirigido pelo promissor diretor israelense Guy Nattiv (aliás, nascido no ano em que o conflito ocorreu) e com destaque para a participação de Liev Schreiber no papel de Henry Kissinger, o filme está em cartaz rememorando 50 anos do conflito.

O filme ganha maior relevância neste momento para quem está interessado em entender melhor o contexto dos ataques do grupo Hamas ao estado israelense. Desde que o Hamas chegou ao poder na Faixa de Gaza, em 2007,  a região sofre um bloqueio por parte de Israel, a despeito de pedidos das Nações Unidas e de grupos de direitos humanos. As tensões culminaram na ofensiva, iniciada 50 anos e um dia após o início da Guerra do Yom Kippur, que infiltrou-se por terra no território de Israel e também disparou milhares de foguetes, provocando centenas de mortes.  O ataque, assim como no conflito de 1973, não foi previsto pelos serviços de inteligência israelenses. Em resposta imediata, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, iniciou a operação “Espadas de Ferro”, anunciou um cerco a Gaza, lançou mísseis e convocou milhares de reservistas para a invasão por terra no território do inimigo, provocando também centenas de mortes.

O filme ganha maior relevância neste momento para quem está interessado em entender melhor o contexto dos ataques do grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, ao estado israelense