Amor de neurônio

Fuma cigarros e bebe muito. Lamenta a ausência “dela”. Digita freneticamente em uma máquina de escrever: “Ela, ela, ela”. 

‘Ela’ não é uma mulher. Quem fuma e bebe também não é uma pessoa. Na verdade, a cena acima é a representação cinematográfica da relação entre neurônio e droga.

Essa foi a ideia vencedora da disputa promovida pelo Instituto de Neurociência Cognitiva UCL, que premiou o melhor curta-metragem sobre cérebro no concurso Brains on film (Cérebros em filme, em português). 

O vencedor, divulgado ontem (4/5) pelo jornal britânico Guardian, tem um sugestivo título: Love story (História de amor).

Um homem angustiado representa o neurônio vidrado em uma droga. A droga é uma bela mulher, que surge, justamente, quando o homem bebe e fuma.

Ele (neurônio) explica: a mulher (droga) libera dopamina, um neurotransmissor capaz de regular o sistema de recompensas. Dá prazer, relaxamento e felicidade. Só há um problema: quanto mais se tem, mais se quer. Em suma: um amor impossível.

Veja abaixo, em inglês, Love story

Thiago Camelo
Ciência Hoje On-line