O antropólogo Luiz Fernando Dias Duarte é desde fevereiro de 2011 o titular da coluna Sentidos do mundo, publicada inicialmente na segunda sexta-feira do mês e, a partir de julho de 2011, na primeira sexta-feira do mês. Seus textos discutem temas ligados ao vasto mundo das experiências humanas, incluindo desde família e moralidade até arte e guerra, passando por alimentação, saúde, lazer, política e religião.
A amplitude temática é inerente à própria antropologia, área do conhecimento que procura compreender e interpretar, de forma integrada e coerente, o sentido das relações sociais, das instituições, dos sistemas de valores e crenças, das linguagens e códigos, em síntese, os sentidos do mundo.
Formado em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Duarte se lançou nessa busca em meados da década de 1970, quando cursou o mestrado em antropologia social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também se tornou doutor.
Data desse período o seu trabalho de campo com pescadores do bairro de Jurujuba, em Niterói. Dele, surgiu sua preocupação com a visão de mundo das classes trabalhadoras brasileiras, um de seus principais temas de pesquisa.
Na década seguinte, publicou Da vida nervosa nas classes trabalhadoras urbanas, resultado de sua tese de doutorado. A obra, que retrata como as noções de “nervos” e de “nervoso” são importantes para a experiência das camadas populares brasileiras, solidificou sua contribuição a essa linha de estudos e intensificou seu diálogo com a psicanálise, a psicologia e a psiquiatria.
Em Paris, na França, fez pós-doutorado no Grupo de Sociologia Política e Moral, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais. Foi membro do Conselho do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, nesse cargo, relatou o primeiro processo de registro de patrimônio imaterial no país – o das “Paneleiras de Goiabeiras – ES”. É Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico.
Entre 1998 e 2001, dirigiu o Museu Nacional/UFRJ, instituição a qual está vinculado. Seus trabalhos mais recentes procuram iluminar questões relativas à articulação entre família, sexualidade e religião, sobretudo nas classes populares. Atualmente, vem se dedicando à exploração de temas relativos à representação da “natureza”, por diferentes vias.
Todos esses temas – entre muitos outros – estarão presentes e conectados aos acontecimentos públicos mais relevantes do momento na coluna Sentidos do mundo.
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