Faça sua aposta: nas próximas décadas, a temperatura da Terra deve aumentar, diminuir ou permanecer estável? A questão é polêmica. Enquanto climatologistas, meteorologistas e outros ‘istas’ discutem, boa parte da comunidade científica parece crer numa tendência de aquecimento.

Seja qual for o palpite, é provável que ele esteja baseado em modelagem climática – processo que pode ser entendido, em linhas gerais, como um casamento entre matemática, física e computação. A modelagem é, na verdade, uma maneira de ‘imaginar’ o futuro a partir de informações do presente e do passado. Mas os cientistas ainda buscam formas mais acuradas de se entender a dinâmica do sistema terrestre.

Para introduzir o assunto – que é deveras complexo –, conversamos com o matemático Pedro Leite da Silva Dias, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e da Universidade de São Paulo (USP). Em entrevista à CH On-line, ele também explica como a atividade solar e o vulcanismo podem ser importantes parâmetros em análises climatológicas.

Na sequência, o meteorologista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), opina sobre a tão discutida relação entre variabilidade climática e ações antrópicas. Marengo é membro do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, e, aproveitando o ensejo, teceu alguns comentários sobre as polêmicas e incertezas que orbitam essa interessante e delicada questão.

Veja abaixo vídeo-entrevista sobre modelagem climática e aquecimento global

Henrique Kugler
Especial para a CH On-line