O emprego de imagens nos estudos da superfície da Terra é chamado de sensoriamento remoto. E, como já diz o nome, essa tecnologia permite obter informações sem a necessidade de contato físico direto do indivíduo com o objeto de análise. Para tal, são usados sensores a bordo de diferentes plataformas como balões, aeronaves e drones. Mas foi há 50 anos, mais exatamente em 1972, que sensores foram embarcados em satélites, alcançando abrangência global e com periodicidade constante. Esse avanço transformou por completo a visão humana do nosso planeta e impactou, de uma só vez, vários campos da ciência.
De fato, a aquisição periódica de dados na escala global, por meio de imagens, permite mapear os diversos elementos que compõem a superfície terrestre, os oceanos e a atmosfera e entender os processos de mudanças naturais e causadas pelos humanos.
Ao longo dos anos, a tecnologia de imageamento (captura de imagens) por satélite foi aprimorada com aumento da quantidade de dados coletados. Para se ter uma ideia, o primeiro satélite para imageamento (Landsat-1) tinha 3 metros de altura, 1,5 metro de diâmetro e pesava aproximadamente 950 quilos. E, atualmente, estão em operação microssatélites da Planet Labs com tamanho de 10 x 10 x 30 centímetros (menor que uma caixa de sapatos) e peso de 5 quilos. Essa tecnologia de miniaturização permitiu colocar em operação uma constelação com mais de 100 microssatélites, que adquirem diariamente imagens com alta resolução.