A visão iluminada de Einstein

Em 1905, um jovem físico desconhecido alterou para sempre o que entendemos como espaço e tempo. E foi além: propôs que a luz ‒ tida até então como uma onda ‒ era também formada por partículas. Os desdobramentos desses feitos foram imensos para a física.

A luz talvez seja um dos entes mais fundamentais no universo. Ela pode ser observada em grande faixa de comprimentos de ondas, de centenas de metros (ondas de rádio) até escalas tão pequenas quanto o tamanho de um núcleo atômico (10-12 m). Mas nossos olhos percebem apenas uma diminuta porção do espectro eletromagnético, a faixa denominada visível, cujo comprimento de onda varia de 400 a 750 nanômetros (um nanômetro é um bilionésimo de um metro).

A natureza da luz foi discutida desde os primórdios da humanidade, até que, no início da segunda metade do século 19, o físico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879) demonstrou que a luz era uma manifestação de campos elétricos e magnéticos que se propagavam como ondas por todo o espaço.

Adilson de Oliveira

Departamento de Física,
Universidade Federal de São Carlos (SP)