“Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar”*

Os absurdos contra o conhecimento, e consequentemente contra os livros, são inumeráveis. Uma população analfabeta ou semiletrada é mais fácil de ser dominada.

A condenação do filósofo Sócrates à morte, 399 anos antes da nossa era, parece ter começado a ser engendrada quando Querofonte, um de seus discípulos, vai até o oráculo de Delfos e pergunta quem era o homem mais sábio de Atenas, ao que o deus Apolo, pela boca da Pitonisa de Delfos, responde ser Sócrates o mais sábio de toda Grécia. Intrigado com a resposta, o filósofo, depois de muito refletir, chega à conclusão de que ele era o mais sábio porque tinha plena consciência de sua ignorância – argumento que utiliza em sua defesa diante dos juízes que o condenaram por corromper os jovens e por não acreditar nos deuses gregos.

*Castro Alves (1847-1871)

Georgina Martins

Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras)
Curso de Especialização em Literatura Infantil e Juvenil, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escritora de livros para crianças e jovens