Justificativa para o tema desta coluna: i) a crescente popularização dos exames médicos baseados em PET; ii) os recentes avanços dessas técnicas no diagnóstico do câncer; iii) o pouco conhecimento público sobre os fundamentos físicos subjacentes a elas.
Do início. PET é a sigla, em inglês, para tomografia por emissão de pósitron ‒ este último é a antipartícula do elétron, ou seja, é positivo. Quando um pósitron encontra um elétron, eles se aniquilam. Nesse processo, a massa dos dois é transformada em dois raios gama (partículas de luz), emitidos em sentidos contrários, cada um com energia de 511 keV ‒ em tempo: eV (elétron-volt) é uma unidade de energia muito aplicada ao mundo das partículas subatômicas.
Para realizar o PET scan‒ como o exame é popularmente conhecido ‒,é preciso ter um emissor de pósitrons e, pelo menos, dois detectores de raios gama. Em princípio, qualquer radionuclídeo (elemento radioativo) que emita pósitrons pode ser usado. Mas, por uma questão de saúde, são usados os de baixa meia-vida ‒ em termo simples, aqueles cuja intensidade da radiação decai rapidamente.
Carlos Alberto dos Santos
Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (Natal)