Alergias são respostas exageradas de nosso sistema imune a certas substâncias. Seus sintomas mais comuns são coceira, vermelhidão e inflamação. Estudos sugerem que a disbiose (alterações na microbiota da pele) pode contribuir para o desenvolvimento ou piora de quadros alérgicos, como a dermatite atópica e psoríase.
Na dermatite atópica, por exemplo, há geralmente diminuição na diversidade de micro-organismos da pele – principalmente, de bactérias benéficas para nós – e aumento da quantidade de uma bactéria nociva, Staphylococcus aureus.
Estudos mostram que, quando aplicados sobre a pele, produtos à base de bactérias benéficas vivas reduzem a quantidade da S. aureus e melhoram a função de barreira desse órgão. Esses produtos também reduzem a necessidade do uso de medicamentos, como esteroides, para tratar dermatite.
O papel da microbiota da pele na educação do sistema imunológico é importante. A exposição a vários micro-organismos no início da vida ajuda a ‘treinar’ as defesas de nosso organismo para saber diferenciar entre substâncias inofensivas e aquelas nocivas para nós. Portanto, uma microbiota da pele saudável e equilibrada pode ajudar na tolerância imunológica e reduzir a probabilidade de reações alérgicas.
Além disso, os micro-organismos da pele podem produzir substâncias que inibem o crescimento de bactérias e fungos maléficos – o que também reduz o desenvolvimento de quadros alérgicos. Por causa disso, a microbiota tem sido estudada como possível fonte de compostos que possam ajudar a melhorar a qualidade de vida de pessoas que vivem com condições alérgicas.