Há milhares de anos, observamos o céu, tentando compreender seus segredos. Em uma noite escura, em local sem poluição atmosférica ou luminosa, podemos ver milhares de estrelas. Esses pontos luminosos distantes, ao longo dos tempos, alimentaram mitos e lendas para diferentes povos e culturas.
Havia também corpos celestes com movimentos caprichosos. Por isso, ganharam o nome ‘planetas’ (do grego, viajantes, errantes). Às vezes, surgiam cometas – pedaços de rocha e gelo, fósseis do Sistema Solar – que surpreendiam por sua extensa cauda. Mas suas aparições eram curtas, e eles só retornavam dezenas ou centenas de anos depois.
Bem mais raro e com poucos registros era o surgimento, no céu, por curtos períodos, de estrelas muito brilhantes. Eram as supernovas, corpos com dezenas de massas solares que, ao fim da vida, explodem, liberando energia equivalente a centenas de bilhões de estrelas – ou seja, tão ou mais brilhantes que uma galáxia.
A última supernova vista a olho nu foi a de Shelton (SN 1987A), observada em 1987 na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia nas redondezas da Via Láctea, a 170 mil anos-luz da Terra – um ano-luz equivale a cerca de 10 trilhões de km.