Poucas pessoas sabem sobre o dia a dia de cientistas em um laboratório que pesquisa vacinas contra doenças infecciosas. Para chegar ao produto final, o tão almejado imunizante, precisam manusear o microrganismo causador da doença. Dentre outras coisas, inocular esses microrganismos em meios de cultivo, pipetar, centrifugar e testar em culturas de células. Qualquer descuido pode levar à produção de aerossóis ou respingos letais! Não é uma tarefa confortável, mas foi exatamente nessa a jornada que a cientista alemã Marguerite Vogt (1913-2007) embarcou, trabalhando com um vírus potencialmente perigoso, o da poliomielite, doença que causa paralisia e pode levar à morte, sobretudo em crianças.
Leandro Lobo
Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
Universidade Federal do Rio de Janeiro