Com ilustrações primorosas, livro conta a trajetória pessoal e científica dessa física e química pioneira e de seu marido, Pierre Curie, que marcaram a história da ciência no século 20
Com ilustrações primorosas, livro conta a trajetória pessoal e científica dessa física e química pioneira e de seu marido, Pierre Curie, que marcaram a história da ciência no século 20
Radioativos: Marie & Pierre Curie, uma história de amor e contaminação
Lauren Redniss; Antônio Xerxenesky (tradutor)
Quadrinhos na Cia., 2021, 208 p.
A novela gráfica Radioativos: Marie & Pierre Curie, uma história de amor e contaminação, de Lauren Redniss, conta a história pessoal e científica de Marie Curie (1867-1934) e seu marido, Pierre Curie (1859-1906), tendo como fio condutor a vida da própria Marie.
A grande física e química Marie Curie, primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel e primeira pessoa – e até agora a única – a ganhar dois prêmios Nobel em áreas científicas diferentes, nasceu Marya Salomea Skołodowska, em 1867, na Polônia, onde realizou seus primeiros estudos em Varsóvia, na Universidade Voadora, uma instituição clandestina de ensino superior para mulheres.
Naquela época, a Polônia e o ensino polonês estavam sob o jugo russo: o simples fato de uma mulher estudar era um ato subversivo. E Marya foi uma excelente subversiva, que sonhava com a liberdade intelectual que poderia ter em Paris. Trabalhou como governanta na casa de um empresário, Juliusz Zorawski, seu parente por parte de pai. Não demorou para que ela e o filho de Julius, Kaziemierz (1866-1953), que se tornaria um matemático importante, se apaixonassem. Porém, a diferença de classe social entre eles fez com que os pais de Kaziemierz ameaçassem deserdá-lo. O jovem cedeu – um fim trágico para os dois.
Então Marya seguiu para Paris, onde continuou sua educação informalmente, estudando por conta própria, e depois voltou para Varsóvia, até que, aos 24 anos, retornou a Paris para estudar física e matemática na Universidade Sorbonne. Ela era uma das 23 mulheres em um grupo de aproximadamente 1.800 alunos. Nesse momento, Marya passou por uma transformação pessoal, como a que passariam os elementos químicos que estudaria mais tarde: adotou o nome francês, Marie.