Neuroestimuladores sem fio

Da invenção do primeiro marca-passo implantável, na década de 1950, até hoje, os neuroestimuladores ‒ circuitos eletrônicos que tratam doenças neurológicas ‒ passaram por avanços que os fizeram minúsculos e sem fio.

Com certa licença poética, podemos imaginar o corpo humano como um complexo circuito eletrônico, sendo o cérebro o dispositivo que controla o funcionamento da máquina, por meio do sistema nervoso.

Inúmeras doenças e distúrbios neurológicos podem ser tratados por meio de intervenções ‒ conhecidas como neuroestimulação ‒ no sistema nervoso. Desde o século 19, a prática médica registra diferentes tipos de neuroestimulação. Por exemplo, terapia aplicada a pacientes com doenças mentais,com os primeiros registros datando de 1940. Cerca de três décadas depois, foram lançadas (com pouco sucesso) as primeiras tentativas para o tratamento da doença de Parkinson (quadro neurodegenerativo marcado por tremores e mais comum em idosos).

O primeiro marca-passo implantável surgiu ainda em 1958. De lá para cá, os chamados neuroestimuladores implantáveis evoluíram de forma impressionante, sendo hoje dispositivos minúsculos e sem fio.

Modelo experimental do primeiro marca-passo implantável, de 1958
Crédito: Wikimedia commons/Siemens Healthineers Med Museum

Carlos Alberto dos Santos
Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (Natal)