PANC, alternativa poderosa à mesa

Muito pouco consumidos e às vezes dispensados como rejeitos, alguns alimentos desconhecidos da população poderiam estar nos pratos dos brasileiros, proporcionando um cardápio mais diversificado e saudável. É o caso da ciriguela, da folha da batata-doce, do caule do mamoeiro, do coração da bananeira, entre tantas outras ‘plantas alimentícias não convencionais’ (PANC). Além de elevar o valor nutricional das refeições, as PANC contribuiriam com o aumento da produção local nas diferentes regiões do país.

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As PANC são o grupo de plantas ou parte de plantas que podem ser consumidas, mas que, infelizmente, não o são. O termo ‘plantas alimentícias’ se refere aos alimentos que são, de fato, habitualmente usados na alimentação, como hortaliças, frutas, castanhas e cereais. Já a expressão ‘não convencionais’ é utilizada para partes dos vegetais que não são produzidas, comercializadas e consumidas da mesma forma que os alimentos tradicionais, e com cultivo e uso ainda pouco explorados, como talos, raízes, flores, rizomas e sementes. Alguns exemplos de partes geralmente não consumidas de plantas comuns são a folha da batata-doce, o caule do mamoeiro e o coração da bananeira.

Caio Leonor, Mariana Monteiro e Maria Lúcia Lopes
Instituto de Nutrição Josué de Castro, Universidade Federal do Rio de Janeiro