Que ano! 2020 será difícil de ser esquecido, mas não pelas melhores razões. Pelo menos, é Natal!
Acordo animado. A mesa posta de véspera, cheia de guloseimas, é atraente. Caminho lentamente até a sala para não acordar ninguém em casa até que… só migalhas!
O pensamento que me ocorre com aquela visão é o de que um roedor gigante passou por ali. Mas, em seguida, descubro a resposta: Noel! Fico pasmo. Não acredito que ele tenha sido capaz de comer tudo e mais um pouco. Já não peço nada para ele há tempos. Faz anos que cortei relações missivas com o barbudo do polo Norte.
Quando me viro, atrás da silhueta triangular da árvore de Natal, observo dois braços que ‘vazam’ pelos lados, como se alguém quisesse se esconder atrás dela. “Ridículo!”, digo em tom neutro. Uma gargalhada facilmente reconhecível emerge da árvore. É de Gunther. O ajudante baixinho e o próprio Noel se desequilibram. E lá se vão árvore, decoração e presentes.
Marco Moriconi
Instituto de Física,
Universidade Federal Fluminense