O ano de 2021 foi marcado como aquele em que a ciência, com todas as suas promessas e controvérsias, voltou a ganhar holofotes. Vacinas nunca foram desenvolvidas em um período tão curto de tempo. Além disso, questões relacionadas ao potencial dessas vacinas, ao consumo de medicamentos sem eficácia e ao atordoante negacionismo científico foram recorrentes em rodas de conversa, muitas delas de forma remota, já que a pandemia de covid-19 persiste em atravessar nossas vidas, com flutuações no número de casos e com o surgimento de novas cepas do vírus.
Para completar, no final do ano, acompanhamos de perto as discussões travadas na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26). Esta foi permeada por acordos importantes para o futuro do planeta, mas também marcada pelo esvaziamento de itens fundamentais e um notório desequilíbrio nas negociações entre países do Norte e do Sul do planeta.
Raoni Schroeder B. Gonçalves
Departamento de Química Orgânica,
Instituto de Química,
Universidade Federal do Rio de Janeiro