No final dos anos 1980, li em um artigo a afirmação de que chegaria o momento em que mais de 90% das informações veiculadas seriam georreferenciadas. Achei um certo exagero. Afinal, os famosos equipamentos GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global) – ou, como é mais correto chamá-los, GNSS (sigla em inglês para Sistema de Navegação por Satélite) – ainda não eram uma realidade instrumentalizada, e muito menos popular.
Hoje a maioria dos gadgets possui um GNSS capaz de registrar a sua localização com maior ou menor exatidão. No caso dos smartphones, quantas vezes, ao instalar um aplicativo, nos foi solicitado ter acesso à localização? Isso tem revolucionado muitas aplicações e trazido à pauta questões quanto aos aspectos positivos e negativos dessa função.
Paula Maria Moura de Almeida e Carla Madureira Cruz
Departamento de Geografia, Instituto de Geociências
Universidade Federal do Rio de Janeiro