Recém-reconhecida pela ciência, a preguiça-de-coleira do Sudeste (Bradypus crinitus) poderá perder até 7 mil km² de áreas adequadas a sua sobrevivência, caso nenhuma medida de regeneração florestal seja tomada. Este cenário poderá ser ainda mais grave, uma vez que o desmatamento na Mata Atlântica vem aumentando consideravelmente em quase todos os estados de ocorrência desse importante domínio florestal brasileiro.
O nome ‘preguiça-de-coleira’ relaciona-se com a presença de uma juba na região dorsal do animal, de pelagem mais escura e lisa. Daí vem seus outros nomes populares: preguiça-preta e aí-pixuna, em tupi (a’i = preguiça, pi’xuna = preta).
A preguiça-de-coleira faz parte do gênero científico Bradypus, que inclui as preguiças-de-três-dedos (três garras na frente e atrás). A preguiça-de-coleira é altamente – e incrivelmente – adaptada a viver na copa das árvores, caracterizando o que chamamos de hábito arborícola. Ela necessita da copa das árvores para suas atividades diárias, incluindo alimentação e deslocamento, assim como todas as outras espécies de preguiça. Por estar presente apenas em alguns locais na Mata Atlântica, as preguiças-de-coleira são as mais ameaçadas no Brasil.