O sol ainda nem apareceu, quando escuto um barulho. Exatamente, aquele que alguém esperaria ouvir com a queda pela janela de meu quarto de… um gorducho de bochechas rosadas e seu pequeno ajudante Gunther. As risadas, então, são inconfundíveis. Os dois se esbaldam: “Há! Há! Há! Você devia ver sua cara agora!”. Nem sei qual dos dois está falando.
Abro um olho, mas volto a dormir. Ou melhor, tento. Sei que meus encontros com Noel nunca dão em nada. Mas, mesmo assim, não pego no sono de novo. De supetão, me levanto e vou para a sala. Embaixo da árvore… cinco caixinhas e um bilhete! Quase fico comovido.
Marco Moriconi
Instituto de Física,
Universidade Federal Fluminense