Quando a governança de base comunitária está no mapa

A cartografia promove a democracia quando a geoinformação é usada pelas comunidades para se posicionarem e tomarem em suas mãos decisões sobre a governança de seus territórios. Popularizados a partir da década de 1980, os mapas participativos – produzidos por comunidades, com ênfase para povos tradicionais – apresentam a expressão coletiva da reivindicação pelos direitos à terra e estão cada vez mais acessíveis graças à expansão da internet e aos avanços na geoinformação.

Um mapa pode ser uma ferramenta de empoderamento social? A resposta é sim, quando este mapa é construído pela própria comunidade – o chamado mapeamento participativo – com o apoio das geotecnologias. Os mapeamentos participativos são uma nova maneira de se produzir conhecimento e permitem que cada vez mais pessoas se tornem protagonistas dos processos de representação de seus territórios.

Essas iniciativas – que sinalizam uma democratização da cartografia, além de serem mais eficientes ao captar a realidade – têm sido facilitadas pelos avanços (geo)tecnológicos e pela internet, que tornaram mais simples não só adquirir dados e gerar informações georreferenciadas, mas também editá-los e compartilhá-los.

E quais são as vantagens desse processo de mapeamento de forma participativa? Contribuem para maior integração da comunidade, incentivam o envolvimento dos participantes nas tomadas de decisões e na reivindicação dos seus direitos acerca de seus territórios, ampliam a conscientização sobre questões relacionadas à gestão e ajudam a capacitar as comunidades locais.

Mapas rumo à inclusão