Imagine ter acesso a um enorme volume de imagens da Terra de diferentes resoluções e datas. Tudo isso em um catálogo que combina conjuntos de dados espaciais que possibilitam uma análise em escala planetária envolvendo mais de 40 anos de registro. E mais: de forma aberta, gratuita e irrestrita.
Até bem pouco tempo essa descrição pareceria ficção científica, mas não é. Da mesma forma que nos surpreendemos com o armazenamento de dados espaciais dos nossos “passos”, o que possibilita a elaboração de um histórico recente do que fizemos, as novas iniciativas para se compreender tendências de mudanças também são aplicadas para a superfície terrestre. Assim, é possível seguir os passos do nosso planeta no que diz respeito a florestas, condições climáticas e pressões antrópicas. Mas quais seriam as vantagens e limitações de uma abordagem assim?
Paula Maria Moura de Almeida e Carla Madureira Cruz
Departamento de Geografia, Instituto de Geociências
Universidade Federal do Rio de Janeiro