Em colunas recentes, apresentei a PET (tomografia por emissão de pósitrons) e a radiômica. Agora, é a vez de uma técnica recente, mas promissora, para a previsão da possível migração do câncer para diferentes regiões do corpo, sobretudo pescoço e cabeça: a associação da PET com a tomografia computadorizada (CT), empregando inteligência artificial (IA) e redes neurais
Essa migração (tecnicamente, metástase) é uma fase avançada do processo de crescimento e difusão de células cancerosas, que se espalham para outros órgãos, além daquele onde a doença começou. Nessa fase, do ponto de vista clínico, o tratamento e a cura tornam-se mais complexos.
Prever a possibilidade de metástase pode propiciar intervenções clínicas que levem ao fim da doença. A identificação de tumores por meio de técnicas de imagem –cuja análise é geralmente feita visualmente – depende da expertise do médico radiologista. Mais: quanto menor o tumor, mais difícil é sua identificação visual.
Então, é desejável o desenvolvimento de processos automáticos que auxiliem na identificação de tumores em sua fase inicial de crescimento, bem como na possibilidade de previsão de metástase. Isso pode não só melhorar o controle da doença, mas também evitar tratamentos desnecessários. Esses aspectos são críticos quando se trata de câncer de pescoço e cabeça.
Carlos Alberto dos Santos
Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (Natal)