A escritora britânica Mary Shelley (1797-1851), autora de Frankenstein, era obcecada por cemitérios. Na verdade, um em particular, o da igreja de Saint Pancras, em Londres, onde sua mãe, a feminista e escritora Mary Wollstonecraft, foi sepultada. Seu pai, o filósofo William Godwin (1756-1836), a levou para visitar o cemitério quando ela era criança. A pequena passava horas lendo os trabalhos da mãe, morta em 1797, dez dias após dar à luz. Mortes causadas pelo parto eram comuns na época. Mas uma descoberta simples viria a revolucionar a obstetrícia nos anos seguintes.
Leandro Lobo
Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
Universidade Federal do Rio de Janeiro