SENSORES LUMINESCENTES

Eles são usados em aeroportos para testes de triagem de suspeitos de carregarem ou terem tido contato com explosivos. Mas esses equipamentos são totalmente confiáveis? Estudo de um grupo de pesquisadores brasileiros atacou essa questão. E a resposta foi surpreendente.

Nos últimos séculos, ciência tem sido sinônimo de avanços em várias áreas de conhecimento e a base para novas tecnologias ‒ muitas delas, presentes em nosso dia a dia. Mas, apesar de uma lista infindável de sucessos, devemos lembrar que ciência é uma atividade humana. Portanto, é preciso perguntar: ela é infalível?Motivados por essa questão, nosso grupo de pesquisa ‒ formado por pesquisadores da Universidade de Brasília e Universidade Federal de Pernambuco ‒ decidiu investigar um equipamento que tem ganhado destaque na literatura científica na última década: os sensores luminescentes, que identificam rápida e seletivamente resíduos de explosão.

Antes de prosseguirmos, vamos relembrar, de modo simples, a essência da luminescência. Esse fenômeno ocorre quando um material (orgânico, inorgânico, compósito etc.) absorve energia na forma de luz. Ao fazer isso, os elétrons dos átomos que formam o material ficam excitados e ‘saltam’ para uma camada eletrônica mais energética. Ao retornarem à camada ‘original’ (dita de valência), essas partículas devolvem ao meio ‒ agora, na forma de luz visível ‒ a energia absorvida.

Severino Alves Júnior
José Yago Rodrigues Silva

Departamento de Química Fundamental,
Universidade Federal de Pernambuco

Filipe Gabriel Martinez Mauricio
Ingrid Távora Weber

Instituto de Química,
Universidade de Brasília