A ciência vem sendo construída com base em várias iniciativas individuais e isoladas, visando tanto à competição por dinheiro para pesquisa, quanto a publicações em revistas prestigiadas. Nesse sistema, muitas vezes os dados coletados acabam se perdendo na gaveta de algum pesquisador com o passar dos anos. O Rapeld é uma alternativa para diminuir esse viés e aumentar as possibilidades de colaboração entre pesquisadores.
No Rapeld, a maioria dos métodos de coleta é executada em parcelas de amostragem ou trilhas permanentes. Dessa forma, é possível usar dados coletados por outros pesquisadores para responder perguntas mais complexas. Também é possível utilizar as informações colhidas no passado para novos usos no futuro.
Os estudos sobre a biodiversidade precisam levar em consideração diretrizes e padronizações, pois sem elas seria como se em cada parte do país os pesquisadores utilizassem chaves diferentes para abrir portas iguais. Um exemplo é a análise dos levantamentos sobre animais, plantas e demais organismos feitos individualmente em vários locais do Brasil (figura 1).