Teorema do passeio

Um tutor se diverte com seu vira-lata em um parque, ambos dando voltas em torno de uma árvore. Nessa cena corriqueira do cotidiano, está embutido um teorema de consequências profundas e importantes para a matemática. Mais: ele pode ser entendido só com palavras, sem qualquer cálculo.

CRÉDITO: ILUSTRAÇÃO A PARTIR DE ADOBE STOCK

Todas as manhãs, Martin gosta de passear com seu imponente cachorro, Zeus, um vira-lata tão pequeno que, mais apropriadamente, caberia em uma lata de molho de tomate, se, de fato, tentasse virá-la. Os passeios de Martin são simples, em um parque amplo, com uma árvore isolada, que ele usa de marcador.

Martin gosta de dar quantas voltas quiser nessa árvore, mantendo Zeus preso a uma guia retrátil, aquelas que aumentam e diminuem o comprimento. Há só uma condição para essa diversão entre os dois: a distância entre Martin e a árvore tem que ser sempre maior do que a distância entre Martin e Zeus.