Um futuro (quase) possível

The Expanse, série scifi da Amazon Prime, se passa alguns séculos no futuro, após a humanidade ter colonizado o sistema solar. O roteiro segue a trama dos livros de James S. A. Corey, pseudônimo da dupla americana Daniel Abraham e Ty Franck. A quinta temporada chega em 2020, patrocinada pelo próprio CEO da Amazon.


A diferença [de The Expanse] está ao propor, dentro de certos limites, uma visão de um futuro, de fato, possível

Como outras séries clássicas do gênero – Jornada nas Estrelas ou FireflyThe Expanse gira em torno das aventuras de um grupo de personagens carismáticos a bordo de uma espaçonave. Seus tipos são familiares: o capitão idealista, mas ingênuo; o mecânico pragmático e bruto; a engenheira genial; o piloto exímio. A diferença está ao propor, dentro de certos limites, uma visão de um futuro, de fato, possível – a começar pelo realismo científico do seu universo. Suas espaçonaves, movidas a propulsão nuclear, levam semanas ou meses para se deslocar de um planeta a outro. Elas precisam acelerar ou desacelerar continuamente para simular a gravidade, caso contrário os passageiros flutuam. Os viajantes precisam se preocupar o tempo todo com a possível falta de água e oxigênio. Aqueles que nasceram e cresceram no espaço têm fisiologia diferente, e necessitam de um longo condicionamento físico para poderem sobreviver ‘no fundo do poço’ (gravitacional), que é como se referem à superfície de planetas.

Daniel Jonathan e Rodrigo Picanço Negreiros

Instituto de Física
Universidade Federal Fluminense