Apesar de muito usada na química, a palavra ‘elemento’ nem sempre gerou o mesmo entendimento ao longo da história. Hoje, consideramos um elemento químico como o conjunto de átomos que têm o mesmo número de prótons (partículas de carga positiva que ficam no núcleo dos átomos). Mas, entre as civilizações antigas, por exemplo, por volta do século 3 a.C., os alquimistas concebiam a matéria de outra forma. Com um ferramental limitado, se comparado à quantidade de instrumentos de análise de que dispomos hoje, eles foram responsáveis pela descoberta de muitos elementos, como o enxofre, o mercúrio, o ferro, o cobre, o ouro e a prata.
Os alquimistas deixaram um legado significativo. Uma de suas importantes contribuições para a química é o próprio nome dos elementos, alguns com histórias bem interessantes. Uma delas, que muito me inquietava nos meus primeiros anos de estudo de química, era justamente sobre como se dava um nome para um elemento. Eu achava que talvez fosse mais fácil organizar os elementos por ordem alfabética. Mas, na verdade, cada denominação tem uma história peculiar, uma tradição cultural.
Waldmir Araujo Neto
Instituto de Química
Universidade Federal do Rio de Janeiro