Anfíbios na terra da garoa

Anfíbios na terra da garoa

Docente do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Docente do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Docente do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro

O artigo Anfíbios na terra da garoa aborda a importância do estudo da biodiversidade em centros urbanos, notadamente a de anfíbios na metrópole de São Paulo. O texto descreve as características gerais dos anfíbios e as relaciona com as possíveis causas de seu desaparecimento nas partes centrais da cidade, destacando ainda sua persistência nas franjas preservadas do município. Além disso, ressalta-se a importância dos registros de campo da biodiversidade no passado, para a compreensão das mudanças causadas pela ação humana, e das unidades de conservação, para a preservação da biodiversidade dos anfíbios.

Possibilidades de abordagem:

  • Estudar as descrições gerais dos anfíbios comparativamente às de peixes e répteis, com o objetivo de discutir aspectos ecológicos e evolutivos relacionados às diversas adaptações ao ambiente terrestre por parte dos vertebrados.
  • Ilustrar as mudanças urbanas por que passou o município de São Paulo e a intensidade das transformações ambientais promovidas pelo avanço do modelo capitalista de desenvolvimento.
  • Ressaltar a importância dos registros de campo da biodiversidade para a definição de políticas públicas de conservação/preservação.

Proposta de atividade:

Após a leitura das duas primeiras partes do texto, sugerimos uma aula prática demonstrativa com exemplares vivos ou fixados de anfíbios e répteis (incluindo as aves), ou fotos/vídeos desses organismos. Nesse tipo de aula, a observação deve vir primeiro, seguida de questões que levem a reflexão de conceitos ecológicos e evolutivos a respeito da conquista do ambiente terrestre.

Inicialmente, sugerimos a observação da corte, amplexo e fecundação externa entre anfíbios e a corte de qualquer outro réptil, ou ave, e a fecundação interna. Essa observação pode ser seguida de uma pergunta que busca relacionar a necessidade de copular dentro da água, caso a fecundação seja externa.

Outra observação produtiva é a comparação entre os ovos de anfíbios e répteis/aves, ou fotos deles, seguida de perguntas que levem os estudantes a discutir a importância da casca dura para a postura fora da água. Essa observação permite abordar de forma investigativa os anexos embrionários que evoluíram com o ovo amniótico dos répteis.

Por fim, pode-se fazer a observação comparativa da pele dos anfíbios com a de répteis e aves. Após a observação, pode-se questionar quais restrições a pele fina, importante na respiração dos anfíbios, impõe à vida no ambiente terrestre. Em outras palavras, por que a pele seca dos répteis e aves facilitaram a conquista do ambiente terrestre?

A metamorfose também permite discutir de forma investigativa por que brânquias são os órgãos respiratórios na fase de girino, mas são substituídas por pele e pulmão na fase adulta.

A parte do texto que se refere aos esforços de coleta realizados por pesquisadores e por museus durante o final do século 19 e todo o 20 pode ser tema de debate, se for associado aos textos sugeridos no ‘Expolore +’. Será que as condições atuais das populações de anfíbios permite coletar espécimes como fazíamos no passado? Que alternativas temos para registrar os anfíbios atualmente?

Recursos utilizados:

  • Versão impressa ou disponibilizada digital do artigo em questão;
  • Animais vivos ou fixados e/ou fotos de anfíbios, répteis e aves;