Terremotos não têm cores, mas a intenção do título é iluminar os sismos que acontecem no mar brasileiro, que não são raros nem desimportantes. Entre dezenas de abalos pequenos, também aparecem tremores com magnitudes expressivas, mostrando que muitos dos maiores sismos brasileiros aconteceram no mar. Como a base de nossos recursos petrolíferos está no oceano, não se pode desprezar o perigo potencial desses terremotos para as estruturas presentes tanto na costa como na água. Portanto, é essencial continuar estudando e monitorando a área oceânica de nosso país.
A perda de ecossistemas naturais é uma das maiores causas de emissões de gases-estufa no mundo, contribuindo mais para as mudanças climáticas do que todos os carros, aviões e navios do planeta juntos. Porém, muito menos conhecidos são os efeitos da degradação de áreas que ainda são ocupadas por sua vegetação natural. Descobertas recentes mostram que essa degradação pode gerar enormes emissões de carbono até então despercebidas tanto pelo governo quanto pela comunidade científica. É uma destruição que ninguém vê.
Uma das funções importantes dos sistemas educativos é formar, desde o ensino básico, pessoas capacitadas nas áreas técnicas, que combinam conhecimentos e competências em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, conhecidas em seu conjunto como STEM, na sigla em inglês, ou CTEM no Brasil, que são fundamentais para as economias modernas. A análise dos principais dados sobre o mercado de trabalho e o sistema de ensino brasileiros mostra apenas uma pequena parcela de nosso pessoal qualificado nessas áreas, e poucos dos formados se dedicam a esse setor – a maior parte acaba trabalhando em outros tipos de atividades.
A malária é um grave problema de saúde pública no mundo. No Brasil, quase todos os casos ocorrem na Amazônia. Uma estratégia que se mostrou eficaz para combater esse problema foi a criação de um espaço de diálogo, troca de informações e reflexão em uma comunidade da região amazônica para a definição de medidas de prevenção contra a doença adequadas à realidade local. O trabalho resultou em ações de proteção individual, de mobilização da comunidade e de educação em saúde, o que favoreceu a diminuição dos casos de malária na população.
1666. Época da publicação de três resultados que mudariam os rumos da física e da matemática. Em torno daquele ano, num arroubo impressionante de criatividade – somado a trabalho árduo e contínuo, bem como muita leitura –, um jovem filósofo natural inglês apresenta duas teorias – uma sobre as cores, e a outra sobre a gravidade –, bem como um ferramental matemático atualmente denominado cálculo integral e diferencial. Aquele período ficou conhecido como ‘ano miraculoso de Newton’, e, hoje, a historiografia da ciência tem outra leitura daqueles fatos.