Fundação Oswaldo Cruz
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A coleta de informações consistentes e padronizadas na área da saúde é um desafio para o uso de computadores na geração de modelos preditivos confiáveis capazes de acelerar o desenvolvimento e melhorar a eficácia de tratamentos e diagnósticos de doenças
CRÉDITO: IMAGEM ADOBESTOCK

A inteligência artificial tem se mostrado promissora para ampliar o alcance e as possibilidades da pesquisa translacional, permitindo identificar padrões em grandes bases de dados biológicos e acelerar a previsão de eficácia e segurança de novos compostos. Espera-se que a evolução da inteligência artificial torne os processos de descoberta de medicamentos mais eficazes e rápidos, reduzindo os imensos custos do sistema produtivo da saúde e possibilitando ofertar melhores soluções para a sociedade.
Com o avanço das tecnologias de análise de dados, espera-se que a pesquisa translacional se torne cada vez mais customizada, integrando informações genéticas, ambientais e comportamentais para criar terapias sob medida, que podemos chamar de medicina personalizada. Nessa perspectiva, os fármacos e tratamentos são desenhados de acordo com o perfil individual ou populacional.
Modelos baseados em inteligência artificial devem beneficiar a geração de inovação para todo o escopo de doenças, abrangendo as demandas das populações mais negligenciadas. Algoritmos de aprendizado, que são a base da inteligência artificial, usam, para o seu treinamento, vastas quantidades de dados relacionados à tarefa que irão realizar. A qualidade e quantidade dos dados influenciam o treinamento, que gerará padrões a partir desses dados. Todo o processo é inteiramente dependente da governança dos dados – desde a coleta e o tratamento até a integração de distintos conjuntos de dados. Um dos desafios mais significativos para que algoritmos produzam respostas confiáveis para o desenvolvimento de fármacos é a condição em que os dados chegam e alimentam os sistemas.
A padronização de dados é um dos requisitos para a aplicação eficaz dessa tecnologia. Dados desorganizados, inconsistentes ou provenientes de múltiplas fontes com formatos diferentes, somados à pluralidade regional no contexto brasileiro, constituem barreira e tornam o processo de treinamento de modelos de inteligência artificial cada vez mais complexo, caro e demorado nas diversas áreas.
Sem dados estruturados, confiáveis e interoperáveis, os algoritmos de inteligência artificial operam com limitações, gerando resultados tendenciosos ou até mesmo ineficazes, ainda mais quando se consideram características de países como o Brasil, que tem grande diversidade socioeconômica e regional. Nesse contexto, o problema se acentua, pois a heterogeneidade de fontes e nomenclaturas adotadas pelos profissionais de cada região dificulta a integração nacional de dados em áreas como saúde, educação, meio ambiente, entre outras.
A aplicação da inteligência artificial ao processo de descoberta de novos medicamentos e reposicionamento dos já conhecidos oferece potencial transformador para o Sistema Único de Saúde (SUS), diante dos desafios de alocação de recursos, desigualdades econômicas, variedade populacional e cobertura geográfica. Outros campos da saúde podem ser favorecidos pelos modelos preditivos, como a vigilância epidemiológica e a realização de diagnósticos. Nesse cenário, a articulação com o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (IA para o Bem de Todos), que preconiza a interoperabilidade e robustez de dados, entre outras estratégias, é decisiva.
Portanto, é crucial aprofundar o aprimoramento da governança de dados na esfera do SUS, inclusive questões éticas e regulatórias, a fim de garantir que os necessários treinamentos dos algoritmos disponham de dados válidos e suficientes, rumo à soberania tecnológica e ao fortalecimento da estrutura de inovação em saúde brasileira.
Um dos desafios mais significativos para que algoritmos produzam respostas confiáveis para o desenvolvimento de fármacos é a condição em que os dados chegam e alimentam os sistemas
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Nascido na forma de um experimento mental, o emaranhamento quântico levou décadas até ser comprovado. Hoje, ao comemorarmos o Ano Internacional da Ciência e das Tecnologias Quânticas, esse fenômeno define a essência da física quântica
Os fenômenos do mundo macroscópico, em que vivemos, são bem diferentes daqueles que ocorrem com átomos e moléculas. Há uma sutil (e misteriosa) fronteira entre esses dois mundos, apresentada neste artigo, que comemora o Ano Internacional da Ciência e das Tecnologias Quânticas
A mecânica quântica, teoria que lida com os fenômenos do diminuto universo molecular, atômico e subatômico, não só nos proporcionou tecnologias hoje indispensáveis para nosso cotidiano. Ela nos obrigou a reformular aquilo que entendemos como realidade
Os avanços tecnológicos, aliados ao compromisso com a sustentabilidade e a equidade, podem fazer da medicina laboratorial uma importante base para a construção de um sistema de saúde mais inteligente, eficiente e justo socialmente
Valorizar a colaboração entre as várias áreas do conhecimento durante a formação de pesquisadores e promover a interação entre grupos de pesquisa, governo e indústria é essencial para que a atividade científica se converta em benefícios para a população
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Instituições públicas focadas em inovação devem investir no conhecimento sobre regulação e desenvolver processos bem-estruturados e atualizados nessa área, para que os produtos de saúde cheguem mais rapidamente à população
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