Pergunta enviada por Thales Pacífico, por correio eletrônico.

A sensação de enjoo ou desconforto provocada pelo movimento é um tipo de desequilíbrio corporal. Essa intolerância ao movimento é chamada de cinetose, e surge frequentemente durante a locomoção passiva em veículos, como lanchas, automóveis, ônibus, trens, aviões ou naves espaciais (aerocinetose). Resulta de um conflito entre as informações sensoriais vestíbulo-visuais – aparelho vestibular é o conjunto de órgãos da orelha interna responsáveis pela manutenção do equilíbrio.

Pesquisadores acreditam que a cinetose ocorra devido a um conflito entre o que é visto e o que é sentido, podendo haver predisposição individual. O paciente pode apresentar palidez, sudorese, aumento da salivação e náusea. E, caso se mantenha a exposição ao movimento, náuseas intensas.

O paciente deve procurar um médico otorrinolaringologista, que avaliará cada caso individualmente e prescreverá o tratamento indicado

A cinetose pode acometer tanto adultos quanto crianças, porém sua prevalência é em meninas e em mulheres de até 50 anos, não sendo observada em idosos. O paciente deve procurar um médico otorrinolaringologista, que avaliará cada caso individualmente e prescreverá o tratamento indicado.

Um deles pode ser a reabilitação vestibular, que vem apresentando resultados animadores. Trata-se de um conjunto de exercícios físicos repetitivos associados a mudanças de hábitos, cuja base terapêutica está ligada à plasticidade vestibular. Os exercícios devem ser indicados por fonoaudiólogos especialistas na área.

Algumas orientações que podem amenizar a cinetose: sentar-se em posição onde os olhos possam fixar um campo visual mais distante (no automóvel, sentar-se no banco dianteiro, e, no avião, na janela); crianças, devem sentar-se em assentos mais altos no banco traseiro do automóvel, de forma a que possam olhar para frente na janela dianteira; nunca deve-se ler em movimento nem fixar o olhar em nada dentro do automóvel; evitar alimentação prévia a viagens.

Erika Barioni Mantello
Curso de Fonoaudiologia
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo

Texto originalmente publicado na CH 302 (abril de 2013).

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