Clássico da literatura científica, o livro A Origem da Espécies (1859), do naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), define a evolução biológica como um processo de descendência com modificação ao longo do tempo.
Esse processo segue etapas que podem ser agrupadas em três princípios gerais: i) a cada nova geração, surgem variações nas características dos indivíduos de uma população (por exemplo, diferenças no tamanho, na cor, em dado comportamento ou na habilidade para digerir certos alimentos); ii) essas variações podem ser disseminadas ao longo de gerações, por meio de um fenômeno denominado herança; iii) em cada geração, indivíduos portadores de certas características podem sobreviver melhor e deixar mais descendentes, mecanismo denominado seleção natural.
Com o passar das gerações e a repetição dessas etapas, seria observado o processo de evolução biológica, ou seja, mudança gradual na frequência dos conjuntos de características observadas naquela população.
Quando pensamos nessas etapas, o processo conhecido como desenvolvimento desempenha papel central na origem e disseminação das variações em características observáveis (fenótipo), a partir tanto de mutações no DNA (genótipo) quanto de respostas a sinais ambientais, como temperatura, luz e nutrição (figura 1).