A questão de uma aluna e a busca por caminhos para apresentar autores como Machado de Assis a pessoas surdas
A questão de uma aluna e a busca por caminhos para apresentar autores como Machado de Assis a pessoas surdas
CRÉDITO: ADOBE STOCK

Tenho por hábito começar minhas aulas buscando esclarecer a origem e a natureza do objeto sobre o qual vamos nos debruçar durante o período letivo, daí a necessidade de começar investigando junto com a turma os diferentes modos de conceituar literatura e seus principais gêneros discursivos, como poesia e prosa; para, logo em seguida, entrar na discussão sobre o literário e o literal, tendo como suporte as noções linguísticas de denotação e conotação.
Desse modo, eu pensava que não tinha como errar na prática do magistério; no entanto, uma das alunas me fez uma pergunta que, aos poucos, foi derrubando todas as minhas certezas: “Professora, como faço para os meus alunos surdos lerem Machado de Assis, por exemplo?”. Minha resposta foi: “Mas eles não são cegos, como é que não conseguem ler Machado de Assis?”. Esse pedido de ajuda surgiu no curso de Especialização em Literatura Infantil e Juvenil da Faculdade de Letras da UFRJ, ministrado no município de Cabo Frio (RJ), no ano de 2008, em parceria com a prefeitura local.
A aluna era professora do ensino médio da rede pública e precisava de sugestões metodológicas para ensinar literatura aos seus alunos surdos. Minha resposta – na verdade minha pergunta – foi resultado do meu primeiro espanto diante de uma questão que sequer poderia supor se tornaria minha principal indagação e meu maior desafio na prática docente: ensinar literatura brasileira para alunos surdos.
Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.
O que acontece quando um professor de matemática, amante da poesia, analisa um dos poemas mais importantes da literatura brasileira? O resultado é a revelação de uma estrutura lógica complexa – e, para a maioria dos leitores, imperceptível – naqueles versos
O cinema e a mídia costumam retratar o continente africano como um grande país exótico e selvagem, associado a miséria, guerras e doenças. Essa imagem distorcida não reflete a pluralidade cultural, a riqueza e os avanços da região em vários setores
Atire-se contra uma parede de concreto. Você não vai atravessá-la. Razão: não tem energia suficiente para isso. Mas, se você fosse uma partícula subatômica, haveria uma boa chance de completar essa travessia incólume. Esse é o tema do Nobel de Física deste ano
| Cookie | Duração | Descrição |
|---|---|---|
| cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
| cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
| cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
| cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
| cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
| viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |