CRÉDITO: FOTO ADOBE STOCK
A formação de reservas de petróleo e gás na Rússia ou em qualquer outra parte do mundo segue o mesmo processo natural. Para entendê-lo, devemos considerar que petróleo e gás são hidrocarbonetos, compostos químicos formados essencialmente por carbono e hidrogênio. A origem desses compostos está relacionada exclusivamente a modificações bioquímicas e físicas da matéria orgânica, processo que ocorre desde que as primeiras formas de vida apareceram no planeta, há cerca de 3,5 bilhões de anos. Lagos, mares, desertos ou rios do tempo passado ainda podem ser reconhecidos no que chamamos de bacias sedimentares, que são regiões onde ocorreu grande acúmulo de sedimentos e matéria orgânica, e onde hoje observamos rochas formadas por este material a partir de sua compactação em profundidade.
A matéria orgânica depositada nas bacias sedimentares sofre transformações, gerando hidrocarbonetos como petróleo, quando submetida a pressões e temperaturas moderadas, ou gás, se for submetida a pressões e temperaturas mais altas. O tipo de matéria orgânica original (restos de fragmentos vegetais, microrganismos marinhos, microrganismos lacustres etc.) também influencia no tipo de hidrocarboneto gerado. Os fluidos compostos por hidrocarbonetos tendem a migrar do seu ponto de geração para porções mais rasas de uma determinada bacia sedimentar, acumulando-se em rochas com espaços vazios interligados, denominadas rochas reservatório. A presença de rochas selantes ou capeadoras sobre os reservatórios faz com que os hidrocarbonetos não escapem para a superfície e permaneçam intactos – sendo liberados somente pelas atividades de exploração. A geração, a migração, o armazenamento e a capacidade selante são os elementos essenciais do que conhecemos como sistema petrolífero. Logo, retomando o argumento inicial: seja na Rússia ou em qualquer outro parte do planeta, para que se formem reservas de petróleo e gás, estes elementos precisam estar presentes.
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O tamanho e a quantidade de bacias que ocorrem na Rússia influenciam exponencialmente nas chances estatísticas de que os elementos do sistema petrolífero funcionem e de que gerem grandes acumulações. Várias bacias sedimentares ocorrem em território russo devido às suas dimensões continentais e evolução geológica, registrando sedimentos de um grande espectro de idades. Destacam-se as bacias do Oeste e Leste da Sibéria, Volga-Urais, Norte de Sakhalin, de Timan-Pechora e as bacias da Plataforma Siberiana.
A bacia do Oeste da Sibéria é considerada a maior do mundo em dimensões e apresenta uma grande quantidade de sedimentos e matéria orgânica relacionada ao tempo Jurássico, quando a vida já proliferava (inclusive na forma de grandes répteis), até o tempo Cenozoico. Esta bacia contém reservas identificadas de petróleo de cerca de 60 bilhões de barris e 1.400 trilhões de pés cúbicos de gás, contendo dois dos maiores campos de gás do mundo, Urengoy e Yamburg, conhecidos como campos gigantes ou campos de classe mundial. As reservas do campo de Urengoy são estimadas em cerca de duas a cinco vezes maiores do que as reservas totais de gás do México, da Argélia, do Canadá, do Reino Unido e da Holanda somadas. Esta enorme quantidade de gás é considerada anômala e implica que uma parte significativa da matéria orgânica depositada na bacia foi submetida a altas pressões e temperaturas e era de um tipo propício para gerar gás. As dimensões e espessuras significativas da camada de rocha geradora e a quantidade de matéria orgânica otimizaram o funcionamento desta “cozinha” produtora de hidrocarbonetos, sendo elemento fundamental para que todos os demais fatores do sistema petrolífero funcionem em cadeia, gerando acumulações de destaque. Parte deste gás foi ainda gerada pela modificação posterior do petróleo por microrganismos sintetizadores de gases, como metano, fazendo com que o gás das bacias russas tenha assinaturas químicas indicativas de origens variadas. Processos geológicos em condições ímpares, favorecidos pelo grande território, fazem com que a Rússia contenha cerca de 20% das reservas de gás do mundo.
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