Vão desligar o sinal! E agora?

Departamento de Geografia
Instituto de Geociências
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Alvo de especulações recentes de que poderia ser desligado, o GPS não é a única opção de sistema de navegação no mundo

CRÉDITO: ADOBE STOCK

O popular GPS, cujo nome oficial é Navigation Satellite with Timing and Ranging (NAVSTAR-GPS), é um sistema de radionavegação desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América com o objetivo de ser o principal sistema de geolocalização das suas forças armadas. Esse sistema se tornou completamente operacional no ano de 1995, quando alcançou uma constelação de 24 satélites, abrangendo o planeta inteiro. É, portanto, o Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) mais antigo e mais conhecido do mundo, a ponto de seu nome ter virado sinônimo da função.

De 1995 a 2000, o sistema GPS, único GNSS em ampla operação no período, apresentava um erro de posicionamento proposital chamado Disponibilidade Seletiva ou SA, sigla de Selective Availability, direcionado especificamente para uso civil. O erro era variável e podia alcançar a grandeza de 100 metros, o que exigia métodos de leitura demorados que visavam à redução dessa incerteza e dificultavam o seu uso para navegação. Em 1º de maio de 2000, após muita pressão, principalmente de entidades científicas e de setores de transporte, o SA foi desligado pelo governo estadunidense e isso possibilitou que uma diversidade de usuários no mundo todo pudesse compreender (e usar) a sua localização com muito mais precisão.

Tudo isso acabou abrindo portas para que, no século 21, estejamos presenciando um mundo totalmente geoinformacional e certos de que nem só do GPS se vive aqui, na Terra! A localização de pessoas e objetos ao redor do planeta conta com outros GNSS, como o GLONASS, desenvolvido ainda na antiga União Soviética, que alcançou sua capacidade operacional com 24 satélites em 2011; o GALILEO, da União Europeia, em 2016; e o BeiDou, desenvolvido pela China, que, embora tenha iniciado sua operação global em 2020, já atuava regionalmente, cobrindo Ásia-Pacífico, desde 2011. E a tendência é que novos sistemas surjam, como outros que já fornecem serviços regionais: o japonês QZSS (Quase-Zenith Satellite System) e o indiano NavIC (Navigation with Indian Constellation).

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.

Outros conteúdos desta edição

725_480 att-94863
725_480 att-94764
725_480 att-94662
725_480 att-94703
725_480 att-94726
725_480 att-94740
725_480 att-94811
725_480 att-94793
725_480 att-94784
725_480 att-94683
725_480 att-94684
725_480 att-94624
725_480 att-94642
725_480 att-94694
725_480 att-94634

Outros conteúdos nesta categoria

725_480 att-96774
725_480 att-95580
725_480 att-93813
725_480 att-93092
725_480 att-92013
725_480 att-90594
725_480 att-89213
725_480 att-88295
725_480 att-87192
725_480 att-86129
725_480 att-85445
725_480 att-85037
725_480 att-84560
725_480 att-84407
725_480 att-83963