A impureza está nos olhos de quem vê

Curso de Especialização em Literatura Infantil e Juvenil
Faculdade de Letras
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escritora de livros para crianças

A associação entre o corpo e o pecado, propagada nos séculos 17 e 18, segue como base de ideias extremamente conservadoras em pleno século 21

CRÉDITO: WIKIMEDIA COMMONS

Durante muito tempo o corpo foi considerado impuro diante da Igreja. Havia o temor de que a podridão da morte e do pecado maculassem a pureza da alma. A mulher, por sua vez, era impura por muitos motivos: porque seduzira Adão, porque menstruava e também porque cuidava dos corpos dos vivos e dos mortos. 

Alguns sacerdotes aconselhavam as mulheres a não se despirem para seus maridos, e esses deveriam evitar olhar os corpos de suas esposas. O corpo era inimigo e a luxúria deveria ser combatida com trabalho árduo, com o silício e outras mortificações. Para esses fundamentalistas era preciso que os homens nunca se esquecessem de que o corpo era passível de se corromper, de que a morte o reduziria ao estado de putrefação, logo ele não poderia ser puro.

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