O compositor, escritor e pesquisador Nei Lopes já mostrou, há algum tempo, o quanto o chamado samba moderno e urbano do Rio de Janeiro, das primeiras décadas do século 20, nasceu, ao mesmo tempo, negro e “absolutamente novo e carioca”. Sem deixar de dialogar com o passado, Lopes defende, em seu livro O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical, que esse samba devia muito a “tradições e matérias-primas anteriores”, (re) criadas pelos africanos e seus descendentes, em várias partes do Brasil.
Mas como foi possível surgir um produto negro – fruto de tradições e de modernidades – chamado de samba, que logo faria sucesso na indústria fonográfica, nas ondas do rádio e nas festas de carnaval, das mais populares às mais elitizadas, revolucionando as concepções musicais mundiais? Quais as raízes desse gênero musical que, impulsionado por políticas culturais ao longo do século 20, se transformou num símbolo do que havia de mais brasileiro, mas um Brasil mais identificado com os ideais da mestiçagem e pretensamente integrado culturalmente?
Martha Abreu
Instituto de História
Universidade Federal Fluminense e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
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Relatando experiências pessoais, o colunista discute os estereótipos que rondam a imagem da profissão de cientista. E apresenta sua opinião sobre se há ou não diferença entre ser pesquisador e ser cientista, listando o que ele crê serem deveres deste último.
Doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii atinge milhões de brasileiros, com consequências graves para a saúde pública. Pesquisadores estão propondo alternativas de tratamento para acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos e assim beneficiar os pacientes.
A exploração do espaço voltou a ganhar momento, com a entrada em cena não só de novas agências espaciais, mas também de empresas que exploram comercialmente essa atividade. A tensão ideológica que marcou esse campo foi substituída pela cooperação
O mercado de sementes modificadas e dependentes de pesticidas tóxicos à saúde e ao ambiente está cada vez mais concentrado em algumas poucas megaempresas. É essencial visibilizar as formas de produção por trás do que comemos para alcançar alternativas saudáveis e justas
Há 50 anos, o lançamento do satélite Landsat-1 transformou nosso olhar sobre a superfície terrestre. Hoje, as técnicas de machine learning e deep learning promovem uma nova revolução, desta vez na “visão” dos computadores e no sensoriamento remoto do planeta
Sem dúvida, rodovias trazem progresso. Mas elas têm efeitos nocivos para o meio ambiente: poluição, perda e degradação de vegetação nativa, bem como fragmentação da paisagem. Há outro problema (talvez, ainda mais preocupante): a morte de animais por colisão com veículos.
A forma líquida do mercúrio sempre intrigou as pessoas. Conhecido há milênios, esse metal passou da religião para a medicina e a indústria. A ciência mostrou que ele é tóxico. Mas seus efeitos nocivos para o ambiente e a saúde seguem até hoje – inclusive no Brasil
A doença de Chagas foi descoberta há mais de cem anos por um cientista brasileiro. Mas esse quadro ainda preocupa: 6 milhões de infectados no mundo e 30 mil novos casos por ano na América Latina. Resta muito a ser feito em termos de políticas públicas de saúde.
Que tal, em vez de tomar uma injeção, comer algumas folhas de alface nas refeições? Essa alternativa já mostra bons resultados em estudos recentes feitos em laboratório. E, talvez, em poucos anos, esteja disponível para o uso em larga escala pela população.
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Comum nas naves espaciais e casas do futuro de obras de ficção, essa tecnologia – que consegue criar alimentos personalizados em textura, sabor, forma e teor nutricional – está disponível há anos e vem sendo constantemente aprimorada, trazendo inúmeros benefícios para os consumidores
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