Como deve ser do conhecimento do leitor, a gravidade manifesta-se pela atração entre corpos massivos, ou seja, resulta do fato de os corpos possuírem massa. Uma vez que a interação gravitacional entre corpos sempre manifestou-se atrativa, existe apenas uma espécie de massa, de tal modo que à sua medida foi atribuído um número positivo.
Por outro lado, a interação eletromagnética entre corpos eletrizados, mesmo em repouso, pode ser atrativa ou repulsiva. Assim, à propriedade responsável pela interação eletromagnética, denominada carga, atribuíram-se duas espécies de medidas, que convencionalmente podem ser positivas ou negativas.
Em analogia com a eletricidade, uma repulsão gravitacional estaria associada à existência de partículas de massas de medidas de sinais opostos, ou seja, partículas às quais poderíamos atribuir uma medida negativa de massa.
Em princípio, o conceito de antipartícula diz respeito à associação de cada partícula carregada a uma outra partícula de carga elétrica oposta. Por exemplo, a antipartícula do elétron (carga -e) é uma partícula de massa de mesmo sinal e carga elétrica positiva (+e), denominada pósitron. Desde que nessa associação, denominada conjunção de carga (operação que inverte o sinal de todos os chamados números quânticos aditivos associados a uma partícula), o sinal da massa mantém-se inalterado, a interação gravitacional entre as partículas e suas respectivas antipartículas também é atrativa, não dando origem a uma possível antigravidade, ou repulsão gravitacional.