Sim. Aqui mesmo, no Brasil, a agricultura urbana é colocada em prática em muitas cidades com elevada taxa de urbanização, como Belém (PA) e São Luís (MA), ambas as capitais com mais de 1 milhão de habitantes. Em outros lugares como Lima, no Peru, e Santiago, no Chile, essa técnica também já é amplamente usada. Nessas grandes cidades, são produzidos alimentos, como verduras e legumes, e espécies vegetais para fins medicinais, como ervas para chás, além de temperos e condimentos.
A agricultura urbana consiste no cultivo de plantas para a produção de alimentos em espaços urbanos que não exercem função habitacional, como os terrenos baldios e as praças das cidades. Mas ela também pode ser feita em residências, como casas e apartamentos. Um exemplo é o cultivo de hortas feitas em comunidades, condomínios ou dentro das próprias moradias.
As principais vantagens dessa técnica estão em promover um melhor aproveitamento das áreas urbanas. Ela busca recuperar espaços degradados das cidades, além de ser uma alternativa de inclusão social quando envolve comunidades carentes. A agricultura urbana pode também contribuir para a segurança e a soberania alimentar dos municípios, além de melhorar a qualidade de vida de seus moradores.
Gerson Araújo de Medeiros
Pós-Graduação em Ciências Ambientais,
Universidade Estadual Paulista, campus de Sorocaba