Instituto de Radioproteção e Dosimetria
Comissão Nacional de Energia Nuclear

CRÉDITO: ADOBE STOCK

A tomografia de emissão de pósitrons (positron emission tomography), mais conhecida como  PET-CT ou PET Scan nas siglas em inglês, tem grande importância na oncologia, área na qual é empregada para localizar tumores, avaliar sua extensão (estadiamento), verificar a resposta ao tratamento e detectar se há retorno da doença, por exemplo. Também é utilizada para o diagnóstico de demência, epilepsia, Parkinson e, na cardiologia, para avaliar a viabilidade miocárdica, isquemia e perfusão.

É um exame de imagem funcional da medicina nuclear que permite observar processos bioquímicos no corpo humano em tempo real. Diferentemente dos exames anatômicos, como a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM), a PET avalia o metabolismo e a atividade celular, sendo especialmente útil para diagnóstico e acompanhamento de câncer, compreendendo  de 60% a 90% do total de exames realizados; doenças neurológicas, de 5% a 15%; e doenças cardíacas, de 5% a 10%. 

O procedimento utiliza radiofármacos, substâncias que combinam moléculas biológicas com isótopos radioativos emissores de pósitrons (partículas positivas). O radiofármaco mais utilizado é o 18F-FDG, uma forma radioativa da glicose. Após ser injetado na corrente sanguínea, o FDG se acumula nas células com maior atividade metabólica, como células tumorais, e emite radiação. Essa radiação é captada pelo equipamento PET, que reconstrói imagens tridimensionais da distribuição do fármaco no corpo humano.

Em geral, a PET é realizada junto com uma tomografia computadorizada (computed tomography, CT) convencional, resultando no exame PET-CT, que combina os dados metabólicos da PET com imagens anatômicas da CT, aumentando a precisão do diagnóstico médico.

Apesar do custo elevado e da necessidade de infraestrutura especializada, a PET é considerada uma das ferramentas diagnósticas mais avançadas da atualidade, contribuindo para decisões terapêuticas mais eficazes e personalizadas. No Brasil, seu uso tem crescido, embora ainda haja desigualdade no acesso entre regiões e sistemas de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o exame PET-CT em 2014, inicialmente para indicações oncológicas específicas. Já a Rede Privada utiliza esta técnica para diversos procedimentos, dependendo da cobertura dos planos de saúde. A expansão das indicações do PET-CT no SUS e a ampliação do acesso a essa tecnologia são fundamentais para melhorar o diagnóstico e o tratamento de diversas doenças no Brasil.

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