A série ‘For All Mankind’ mistura ficção e realidade ao mostrar a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, além de imaginar como será a colonização da Lua e de Marte
A série ‘For All Mankind’ mistura ficção e realidade ao mostrar a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, além de imaginar como será a colonização da Lua e de Marte
CRÉDITO: IMAGENS DIVULGAÇÃO
Sergei Pavlovich Korolev (1907-1966) foi o engenheiro responsável pelo programa espacial soviético nas décadas de 1950 e 1960. Ele inventou ou participou ativamente de grandes marcos na corrida espacial, como a construção e o lançamento do foguete R-7, do Sputnik 1 (o primeiro satélite artificial a orbitar a Terra) e do Sputnik 2 (no qual foi enviada a cadela Laika), tudo isso antes de os norte-americanos improvisarem um foguete para enviar seu primeiro satélite ao espaço. Sob a batuta de Korolev, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro ser humano a ir ao espaço, e seu coleta Aleksei Leonov (1934-2019) fez a pioneira caminhada espacial, a União Soviética também colocou em órbita a primeira cápsula tripulada por mais de uma pessoa, a Voskhod 1.
Tudo indicava que Korolev teria sucesso em enviar os primeiros seres humanos à Lua, e fazer a então União Soviética vencer os Estados Unidos na corrida espacial. Mas, em 1966, o engenheiro morreu em uma cirurgia. E este é o ponto de divergência da série de história alternativa For All Mankind (na plataforma de streaming Apple TV), cuja quarta temporada foi lançada no finalzinho de 2023. Nela, Korolev sobrevive ao procedimento cirúrgico, e isso muda completamente o cenário mundial em diversos aspectos.
Se você ainda não assistiu à série, recomenda-se que pare de ler o texto por aqui porque alguns elementos mínimos do enredo terão que ser adiantados para a análise a seguir.
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NILDSON DE AVILA SILVA
O problema da ficção é que ela é influenciada pela visão do mundo de quem a escreveu, como no mundo real ninguém escreve roteiro, fica difícil responder ao desafio natural do artigo de prever como seriam as coisas se determinada pessoa não morresse ou se determinado fato não tivesse ocorrido. Não sei o que ocorreria se a URSS tivesse ganho a corrida. Acho que o destino dela seria o mesmo. Os EUA, apesar de estar atrás no início, provou que tem dinamismo o suficiente para contornar desvantagem. O mercado tem esta vantagem de contornar. Se ficasse no segundo lugar em chegar na Lua, contornaria com seu dinamismo indo mais vezes, ou conseguindo outra conquista qualquer. Mesmo porque estas conquistas tem muito de simbólico. De prático mesmo, o que importa é a capacidade do mercado em absorver as conquistas. O que derrubou a URSS foi sua burocracia, sua centralização no estado. Portanto, se ela chegasse primeiro, provavelmente sua burocracia seria o freio de mão puxado. Gastaria muito para manter a dianteira, acelerando ainda mais sua queda. O simbolismo logo perderia sua força, como ocorreu mesmo nos EUA. Acho que o problema na URSS foi estrutural, não foi de competência científica, ou capacidade. Há muitas lições nisto na ciência como um todo. Não adianta competência científica se esta não está interrelacionada com o mercado como um todo.