Na lápide do escritor mineiro Fernando Sabino (1923-2004) lê-se a seguinte frase, de sua própria autoria: “Nasceu homem, morreu menino”. Por uma razão que de imediato não percebi, esta frase ecoava em minha cabeça enquanto lia o livro Tempestade numa xícara de chá, de Helen Czerski – física, oceanógrafa e pesquisadora da University College London.
Numa época onde os poucos livros de divulgação científica existentes são colocados lado a lado nas livrarias com os de autoajuda e pseudociências, a obra de Helen é um convite para o leitor fazer uma pausa. Uma pausa no olhar desatento e desassombrado com relação ao mundo que vivemos, palco diário de diversos fenômenos naturais e artificiais, os últimos propiciados pelo desenvolvimento tecnológico. Nesta pausa, a partir de uma “troca de lentes”, o livro reconduz nosso olhar – antes desatento – a diversos fenômenos, analisando-os a partir da ótica da física e suas articulações com as demais áreas do conhecimento, realçando o legado cultural das ciências para nossa civilização.
Tempestades, eletrônica de televisores, bússolas magnéticas, movimento de placas tectônicas, terremotos, polinização das flores, condução da água ao topo em sequoias… Em cada assunto a autora esmiúça com cuidado os princípios físicos por trás de cada fenômeno, culminando com um capítulo final onde realça as interconexões entre a vida, a Terra e a sociedade.
Para um leigo, o livro é uma rica fonte de informações que, sem dúvida, ampliará sua cultura científica a partir de uma leitura agradável e que cobre uma gama imensa de assuntos. Para os profissionais da ciência, a obra é um lembrete para invertermos a frase do epitáfio do escritor Fernando Sabino, para deixarmos um pouco de lado o trabalho de adulto (cientista) e (re)lembrar o que encantou aquele(a) menino(a) lá no passado, levando-o(a) a se tornar um homem (mulher) da ciência. Nosso trabalho especializado nos leva a mergulhar em detalhes cada vez mais específicos da natureza e de seus fenômenos, e aí vem o livro da Helen recordar que – por vezes – é bom dar uma pausa nesse mergulho, caminhar alguns passos para trás e contemplar a beleza e a complexidade da grande pintura que é o mundo em que vivemos.
Adriano de Souza Martins
Instituto de Ciências Exatas
Universidade Federal Fluminense
Criado há mais de 20 anos diante do aumento das queimadas, o sistema brasileiro de monitoramento por satélites é um dos mais acurados do mundo, capaz de informar, em tempo real, o corte de vegetação e analisar o uso da terra. Desafio é usar informações para preservar a biodiversidade.
Certamente, você já ouviu falar do silicone usado em cirurgias plásticas. Mas sabia que seu principal componente é o silício? E que esse elemento químico está em alimentos, cosméticos, medicamentos, circuitos eletrônicos e painéis solares?
Diferentes dos seres assustadores e perigosos da ficção, as plantas carnívoras podem trazer inúmeros benefícios aos humanos. As orvalhinhas, por exemplo, muito frequentes no Brasil, são capazes de combater diversas doenças, como o câncer, mas sofrem ameaça de extinção.
Desde a Antiguidade, a humanidade vem acumulando conhecimento preciso e confiável sobre os fenômenos elétricos e magnéticos. Mas hoje, infelizmente, há oportunistas que, com base em ideias pseudocientíficas, vendem produtos que prometem curas ou tratamentos milagrosos.
O surgimento da vida é um tema que desperta o interesse da humanidade há milênios e até hoje continua cercado de mistérios. Em uma série de colunas, Alexander Kellner apresenta várias abordagens dessa questão, começando com as explicações dadas por diferentes culturas e religiões.
A trajetória acadêmica de um dos maiores nomes da ecologia no Brasil mostra um pouco dos bastidores da ciência e como as pesquisas são essenciais para entendermos e enfrentarmos as mudanças ambientais causadas pelas atividades humanas
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |