Os fenômenos naturais sempre despertaram nosso interesse – afinal, muitos deles nos afetam diretamente. Mas sua compreensão foi, como regra, desafiadora. Em um primeiro momento, foi natural surgirem explicações baseadas em mitos e lendas. Ao olhar para o céu e notar a persistência dos movimentos celestes, imaginávamos que lá era a morada dos deuses.
No alvorecer da civilização helênica (por volta do século 5 a.C.), a observação contínua do céu, somada aos avanços da matemática, permitiram descrever fenômenos planetários a partir de representações geométricas. Exemplo famoso: a determinação da circunferência da Terra feita pelo grego Erastóstenes (276-194 a.C.), que, ao observar o comprimento das sombras projetadas no solstício de verão nas cidades de Siena (norte da África) e Alexandria (Europa), calculou a circunferência da Terra com um erro mínimo, em comparação a valores atuais. Com isso, outro grego, Hiparco (190-120 a.C), pode calcular a distância Terra-Lua com base no tempo de duração de um eclipse lunar.
Adilson de Oliveira
Departamento de Física,
Universidade Federal de São Carlos (SP)
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Vários potinhos contêm bolinhas de gude, alguns com bolinhas verdadeiras, outros com bolinhas falsas, um pouco mais pesadas. Usando lógica, aritmética e uma balança digital, descobrimos onde estão as falsas. Um exemplo simpático do que chamamos de algoritmo.
Um novo dinossauro do Brasil demonstra que um grupo de formas carnívoras, os celurossauros basais, antes restritos a América do Norte e China, eram mais diversificados do que se supunha. O exemplar estava no Museu Nacional, mas não foi afetado pelo grande incêndio de 2018.
As mudanças climáticas são, sem dúvida, o maior desafio que a humanidade já enfrentou. A solução para essa ‘desordem planetária’ é complexa. A física, por meio do poderoso e amplo conceito de entropia, pode nos ajudar a entender a gravidade do cenário
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Tudo começou em 1900, com uma proposta revolucionária: na natureza, a energia só é gerada e absorvida na forma de diminutos ‘pacotes’. A partir dessa ideia, outras teorias e experimentos, também revolucionários, fizeram do século passado um marco na história da física
Uma das maiores aventuras do conhecimento humano começou na Antiguidade: as coisas são feitas de átomos, ‘indivisíveis’. Cerca de 2,5 mil anos depois, essa entidade foi fragmentada. E aí começou uma nova e fascinante jornada – com participação decisiva de um cientista brasileiro
Desde os filósofos da Antiguidade, nosso conhecimento sobre as leis da natureza evoluiu dramaticamente. Hoje, temos modelos precisos para explicar a evolução e estrutura do universo – e até mesmo a vida. Mas o roteiro desse enredo cósmico segue incompleto
Nossa espécie desenvolveu uma forma única de entender o mundo: a ciência. E esta, ao longo de séculos, tem gerado inúmeros e inegáveis exemplos de bem-estar e riqueza para as nações. Mas, nesse cenário de avanços, residem paradoxos de difícil compreensão
Teorias da física oferecem precisão quase absoluta na previsão de vários fenômenos. Esse é o caso do papel da relatividade geral no sistema de localização por GPS. Mas elas falham para os chamados sistemas complexos, como eleições, futebol e inflação. Por quê?
Os prêmios Nobel de Física e Química deste ano contemplaram trabalhos que investigaram a matéria em sua mais diminuta escala: a atômica e subatômica. E esses resultados têm aplicações práticas que vão da área eletrônica até o tratamento do câncer
É cada vez mais intensa a busca por materiais que possam não só melhorar a eficiência de motores elétricos e baterias, mas também gerar eletricidade de baixo impacto ambiental. Não investir nessa área pode levar à dependência de tecnologias estratégicas
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Estranhamente, a natureza parece ter predileção por simetrias de formas e cores. E, de certo modo, isso pode ser denominado beleza, noção que tem guiado a pesquisa científica no entendimento dos fenômenos que vão da escala subatômica ao gigantismo do cosmos
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