O conflito Israel-Palestina é diferente. Ele se arrasta desde 1945 e representa, de fato, o último conflito anticolonial desde o século 19. A permanente recusa, por parte de Israel e de seu principal aliado – os EUA –, em aceitarem a existência de um estado palestino, alimentam e estimulam grupos terroristas, como o Hamas, que terminam por se sobrepor aos grupos e segmentos palestinos e israelenses, que buscam uma solução pacífica para o conflito.
Nesse caso, também as novas mídias ocidentais têm um papel fundamental de difundir a ideia de que qualquer crítica ao Estado de Israel se caracteriza como antissemitismo. Particularmente, essa situação é grave, pois usa com frequentemente uma o extermínio judaico promovido pelos nazistas – conhecido como Holocausto – como propaganda. Isso embaralha as análises sobre a guerra e suas motivações. Com o pretexto de combater o terrorismo, dizima-se a população civil (não poupando mulheres e crianças), dificultando a construção da paz e prolongando a guerra.
Duas últimas considerações são importantes. A primeira diz respeito ao fato de que os conflitos contemporâneos – cada vez mais difusos – multipliquem-se por razões diversas. É o caso das guerras por recursos naturais, especialmente a água, diante da catástrofe climática que vivemos. Em segundo lugar, como os interesses políticos e econômicos são cada vez mais difusos, as guerras híbridas tendem a se multiplicar e configuram esse novo modo de enfrentamento, que nada tem a ver com as guerras do passado.
Finalmente, é importante destacar um aspecto fundamental das guerras modernas e contemporâneas. Desde que a guerra se industrializou, ela se tornou um negócio como outro qualquer. A sociedade capitalista depende do consumo para o acúmulo do lucro.
Assim, o complexo industrial-militar dos EUA criado para a construção da bomba atômica e, posteriormente, todo o arsenal nuclear daquele país não foram desativados após 1945. Ao contrário. Para obter lucros, foi preciso fabricar guerras que consumissem armas cada vez mais sofisticadas, como é o caso daquelas de urânio empobrecido com efeitos localizados, mas também fatais e duradouros. Além disso, o desenvolvimento de armas químicas e biológicas se faz constante desde o início do século 20, quando durante a Primeira Guerra, tanto Alemanha como aliados utilizaram gás cloro, mostarda e fosgênio.
Se os aparelhos eletrônicos fossem duradouros, se as lâmpadas não queimassem, não haveria consumo. Uma mercadoria não utilizada não gera consumo. Assim é o caso das armas. Sem guerras não haveria indústria bélica. E isso vale para todos os fabricantes de armas e de empresas terceirizadas que fazem as guerras.
Ahmad, Fernando, Laís e Victor
Olá jornal Ciência hoje, somos alunos do Colégio Ranieri. Viemos comentar sobre o tipo do genocídio nazista e queremos saber mais sobre esse acontecimento.Obrigado!
Francisco Charles Charles fernandes de Souza
Guerra híbrida, o meio mais fácil de destruir o inimigo.