INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E FÁRMACOS: Sinergia entre técnica e desenvolvimento de medicamentos

Faculdade de Farmácia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Faculdade de Farmácia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Química
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Química
Universidade Federal do Rio de Janeiro

O processo de pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos pode durar mais de uma década, até que o medicamento seja aprovado. Mas a química e farmacologia encontraram um aliado poderoso nos últimos anos: a inteligência artificial. Essa sinergia tem possibilitado não só a redução de várias etapas de testes, mas também o aumento da eficácia na busca por novas moléculas. E isso vem se mostrando essencial para combater doenças emergentes, como a covid-19, e reemergentes, como a tuberculose.

CRÉDITO: ADOBE STOCK

O processo de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos fármacos (compostos químicos) consiste em três fases principais: a pesquisa experimental (ou pré-clínica, em laboratório), a pesquisa clínica (estudos em humanos) e a aprovação e o registro por órgão competente. Essas etapas podem durar mais de 10 anos até que um novo fármaco seja aprovado.

A pesquisa experimental se inicia a partir de uma hipótese científica que busca a resolução de determinado problema enfrentado pela sociedade – por exemplo, a busca de medicamentos para o tratamento ou a cura de uma doença.

A pesquisa experimental se inicia a partir de uma hipótese científica que busca a resolução de determinado problema enfrentado pela sociedade

Nessa fase, são feitos estudos em laboratório, nos quais os candidatos a fármacos são testados in sílico (em computadores); in vitro (em sistemas biológicos isolados, como células isoladas cultivadas em tubos de ensaio); e in vivo (em modelos animais), para verificar a eficácia e a toxicidade dos compostos químicos em estudo.

Na pesquisa clínica, a segurança e a eficácia dos candidatos a fármacos são avaliadas em humanos. Essa etapa divide-se em quatro fases (figura 1): i) fase I, em que ocorre a avaliação da segurança preliminar com base em pequeno grupo de participantes saudáveis; ii) fase II, na qual se avalia a eficácia do regime terapêutico (dosagem e frequência), a partir de pequeno grupo de participantes enfermos; iii) fase III, quando acontece a avaliação do risco/benefício, efeitos adversos, contraindicações, segurança e eficácia comparativa em relação aos tratamentos existentes ou placebo (substâncias inócuas), empregando estudos randomizados (aleatórios) e multicêntricos, com grupos de participantes grandes e variados.

A última fase (IV), conhecida como farmacovigilância, se dá depois da aprovação do registro, visando a identificar e avaliar efeitos adversos relacionados ao uso em larga escala do novo fármaco aprovado.

Todos esses passos são extremamente rigorosos e demandam elevado custo intelectual, financeiro e de tempo.

Figura 1. Fases do desenvolvimento de fármacos

CRÉDITO: CEDIDO PELOS AUTORES

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.

Seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outros conteúdos desta edição

725_480 att-82505
614_256 att-82607
725_480 att-82550
725_480 att-82725
725_480 att-82475
725_480 att-82702
725_480 att-82746
725_480 att-82540
725_480 att-82496
725_480 att-82567
725_480 att-82786
725_480 att-82731
725_480 att-82636
725_480 att-82670
725_480 att-82663

Outros conteúdos nesta categoria

725_480 att-81551
725_480 att-79624
725_480 att-79058
725_480 att-79037
725_480 att-79219
725_480 att-90638
725_480 att-90796
725_480 att-90686
725_480 att-90612
725_480 att-90212
725_480 att-90189
725_480 att-90203
725_480 att-90172
725_480 att-89383
725_480 att-89442