Asclépio, cujo nome romano é Esculápio, é até hoje considerado o protetor dos médicos, pois herdara de seu pai, Apolo, os poderes e o conhecimento para curar doenças e salvar vidas. Pelo fato de Apolo ser também o deus do Sol é que se atribuiu a ele o poder da cura, uma vez que os homens sempre acreditaram que os raios solares eram bastante eficazes contra vários males.
Filho de Corônis com Apolo, Asclépio foi criado pelo centauro Quíron a mando de seu pai, que havia acabado de matar sua mãe, porque ela se deitara com outro. Tomado pela ira, Apolo, mesmo sabendo que a esposa estava grávida, jogou-a na fogueira, arrependendo-se a tempo de retirar Asclépio das entranhas da mulher. Depois de matar Corônis, o deus a transformou em um corvo negro, animal de mau agouro.
Asclépio, por sua vez, mesmo tendo como herança paterna o dom da cura, aprendeu com Quíron tudo que precisava saber para exercer a função de médico dos mortais, chegando até mesmo a ressuscitar os mortos, o que atraiu sobre ele a ira de Zeus e de Hades. Zeus temia que Asclépio conferisse aos homens o dom da imortalidade, ao passo que Hades temia que o inferno ficasse vazio. Por conta disso, Asclépio foi assassinado por Zeus, sendo dessa forma alçado à condição de deus.
O culto a Asclépio foi largamente difundido nas cidades Gregas da Ásia menor, e em Roma, onde doentes iam buscar a cura para os seus males. Os sacerdotes de Asclépio recomendavam aos enfermos que dormissem no templo, pois o deus apareceria para eles nos sonhos, não só trazendo as respostas que procuravam como também tocando as partes doentes de seus corpos para ministrar a cura. Quando os fiéis acordavam, os sacerdotes se encarregavam de aviar as receitas médicas.
Mais de 400 templos foram erguidos em homenagem ao deus, sendo que alguns continuaram funcionando até o século 6 da nossa era. Na literatura, há relatos de que Asclépio teve vários filhos que o acompanhavam no exercício da medicina, sendo que os mais importantes eram Higeia e Panaceia, responsáveis respectivamente pela limpeza do templo, e pelo apoio à cura dos enfermos.
Ovídio, poeta do século 1, nos conta de uma epidemia que se abateu sobre o Lácio – região na qual se fundou a cidade de Roma –, infectando os ares, minando os corpos macilentos, de aspecto imundo, levados aos funerais. Os mortais imploram o socorro de Esculápio, que lhes aparece em sonho e promete ajudar-lhes. Pela manhã, o deus transforma-se em uma serpente gigante e “faz estremecer estátuas, altares, portas, pavimentos de mármore e tetos dourados”. A exuberante aparição do deus aterrorizou os fiéis, mas ele os tranquilizou e, depois de inúmeras acrobacias divinas, deu fim a epidemia que assolava a cidade.
O deus é representado portando um caduceu (bastão entrelaçado por serpentes) — símbolo do sagrado, do dom premonitório, da felicidade e da fortuna— e uma taça, que por sua vez representava as beberagens curativas. A ele, nos sacrifícios, se oferecia um galo, por ser este o animal que reúne as características de vivacidade, capacidade de estar sempre alerta e de iniciar cedo suas atividades.
Diante disso, cabe a nós, meros mortais, invocar os versos de Ovídio dirigido a Esculápio (ou Asclépio), para homenagear a todos aqueles que durante a pandemia tem se dedicado ao difícil e exaustivo exercício da medicina:
“Cresce, menino, agente de saúde no universo inteiro.
Os corpos dos mortais dever-te-ão, muitas vezes, a existência.
Assistir-te-á o direito de lhes restituir as vidas roubadas”
Georgina Martins
Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras)
Curso de Especialização em Literatura Infantil e Juvenil, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escritora de livros para crianças e jovens
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