Grupo de Pesquisa em Ecologia Aquática Experimental e Aplicada
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Neotropical
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Laureada com o prêmio ‘Para Mulheres na Ciência’, Raquel de Almeida Ferrando Neves traça sua trajetória e conta como o interesse por pesquisa foi despertado ainda na adolescência

CRÉDITO: FOTO ARQUIVO PESSOAL

Antes de começar a contar minha trajetória, gostaria de destacar o prazer que tenho em compartilhar com vocês um pouquinho da minha história acadêmica, pessoal e profissional na seção “Mulheres na Ciência”. Recentemente, tive a honra de ter sido laureada na 18ª edição do prêmio “Para Mulheres na Ciência”, iniciativa de L’Oréal, Unesco e Academia Brasileira de Ciência (ABC). Um prêmio incrível que valoriza o papel da mulher na ciência e que, há anos, eu almejava conquistar. Durante toda minha trajetória fui inspirada por mulheres que, muitas vezes, nem sabiam o papel que exerciam na minha vida. E hoje tenho o privilégio de inspirar outras mulheres e meninas a alcançarem seus sonhos (independentemente se este contempla a vida acadêmica) enquanto trocamos experiências nas diferentes atividades que realizo como docente, pesquisadora e divulgadora da ciência. 

Não me imagino exercendo uma atividade diferente da pesquisa, ser cientista é uma vocação e uma grande paixão!  Aos 13 anos, decidi ser bióloga por inspiração de uma professora de biologia do colégio que falava sobre a iniciação científica e as pesquisas em ecologia das quais participou na época de faculdade. Eu achava aquilo o máximo, e a curiosidade para “entender o porquê das coisas” despertava meu interesse pela ciência. Aos 15 anos, tive a certeza de que cursaria graduação com ênfase em biologia marinha. 

O mais curioso era que sonhava em trabalhar com pesquisas sem saber muito bem o que significava ser uma cientista. Aproveito a deixa, meus colegas pesquisadores, para chamar a nossa atenção ao importante papel da nossa aproximação com a sociedade, em especial estudantes do ensino fundamental e médio, para que conheçam melhor a nossa atividade.

O mais curioso era que sonhava em trabalhar com pesquisas sem saber muito bem o que significava ser uma cientista

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