Preguiças-de-coleira sob ameaça iminente

Instituto Nacional da Mata Atlântica
Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás do Brasil
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Universidade de São Paulo
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Norwegian Institute for Nature Research (NINA)
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo
Universidade Federal de Minas Gerais

Até recentemente classificada como uma única espécie, a preguiça-de-coleira do Sudeste ganhou nova revisão taxonômica e passou a ser chamada Bradypus crinitus. Com a restrição da área de ocorrência e o desmatamento crescente da Mata Atlântica, seu risco de desaparecimento pode ser ainda maior. 

Figura 1. Preguiça-de-coleira-do-sudeste (Bradypus crinitus). Crédito: Paloma Marques Santos.

Recém-reconhecida pela ciência, a preguiça-de-coleira do Sudeste (Bradypus crinitus) poderá perder até 7 mil km² de áreas adequadas a sua sobrevivência, caso nenhuma medida de regeneração florestal seja tomada. Este cenário poderá ser ainda mais grave, uma vez que o desmatamento na Mata Atlântica vem aumentando consideravelmente em quase todos os estados de ocorrência desse importante domínio florestal brasileiro.

O nome ‘preguiça-de-coleira’ relaciona-se com a presença de uma juba na região dorsal do animal, de pelagem mais escura e lisa. Daí vem seus outros nomes populares: preguiça-preta e aí-pixuna, em tupi (a’i = preguiça, pi’xuna = preta).

A preguiça-de-coleira faz parte do gênero científico Bradypus, que inclui as preguiças-de-três-dedos (três garras na frente e atrás). A preguiça-de-coleira é altamente – e incrivelmente – adaptada a viver na copa das árvores, caracterizando o que chamamos de hábito arborícola. Ela necessita da copa das árvores para suas atividades diárias, incluindo alimentação e deslocamento, assim como todas as outras espécies de preguiça. Por estar presente apenas em alguns locais na Mata Atlântica, as preguiças-de-coleira são as mais ameaçadas no Brasil.

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